BRAGA, O MELHOR DESTINO EUROPEU 2021

Os romanos chamaram-lhe Bracara Augusta, nome que, há dois mil anos, já traduzia a sua grandeza. Em 2014, o jornal britânico The Guardian considerou-a «a mais encantadora cidade portuguesa», e também já foi premiada como destino de luxo. Mais recentemente, em 2021, foi eleita o Melhor Destino Europeu, com milhares de votos do mundo inteiro.

De facto, Braga tem inúmeros encantos. Além de ser a capital de um distrito com forte atração religiosa, o seu património conta uma história anterior à formação de Portugal.

Braga é tudo isto e muito mais. Ou não fosse ela a mais antiga cidade portuguesa.

vídeo: Câmara Municipal de Braga.
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A ROMA PORTUGUESA

Em Portugal, existe a expressão «ser mais velho do que a sé de Braga». Como se depreende, significa ser mesmo muito antigo. De facto, a expressão tem razão de ser porque Braga nasceu muito antes de Portugal ser um país.

Como tantas outras localidades, o território onde hoje se situa a cidade de Braga foi habitado desde tempos imemoriais. Com efeito, desde a pré-história. Os registos e achados arqueológicos assim o comprovam. Deste modo, por aqui passaram diferentes povos. Entre eles, os celtas e mais tarde os romanos, que conquistaram estas terras cerca de 250 anos antes de Cristo.

Assim sendo, a origem desta cidade deve-se aos romanos, no ano 16 antes de Cristo. Chamaram-lhe Bracara Augusta, em homenagem ao imperador César Augusto.

Com efeito, apesar de sempre ter sido polo com alguma dimensão, foi durante o império romano que Braga se tornou uma importante metrópole. No ano 16, o imperador romano escolheu-a para ser a capital da vasta província da Galécia. Uma escolha que foi decisiva. Assim sendo, rapidamente cresceu, com novas infraestruturas e serviços administrativos. Daqui irradiavam estradas estratégicas, com ligação aos vários pontos do império. Deste modo, pela sua importância, Braga ficou conhecida como «a Roma Portuguesa».

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A FÉ MILENAR DA «CIDADE DOS ARCEBISPOS»

Pela sua antiguidade e ligação à fé, Braga é uma das cidades cristãs mais antigas do mundo. Segundo sabemos, já no século III era uma diocese. Mais tarde, em 1070, tornou-se arquidiocese, estatuto que mantém.

Com efeito, a Província Eclesiástca de Braga inclui diversas dioceses do Norte e Centro de Portugal. São elas Viseu, Lamego, Aveiro, Bragança-Miranda, Coimbra, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.

Entre os arcebispos de Braga, contam-se figuras da realeza, como o Cardeal-Rei D. Henrique, o único papa português, João XXI. No entanto, nesta lista que atravessa muitos séculos, contam-se também nobres, diplomatas e até santos canonizados.

Assim, a par de «Roma portuguesa», também conhecemos Braga como «a cidade dos arcebispos». Mais do que isso, o arcebispo de Braga ainda hoje ostenta o título de «primaz das Espanhas». Para isso, conseguiu sobrepor-se, em contendas históricas, a Santiago de Compostela e a Toledo, em Espanha.

Porém, apesar do título de Primaz das Espanhas, as dioceses espanholas deixaram de obedecer a Braga no século XIV. Ainda assim, por tudo isto, vemos a forte carga religiosa que esta Braga sempre teve.

Situada a menos de uma hora do Porto, Braga é um dos ex libris do turismo religioso nacional. De facto, todos os anos se enche de fiéis, sobretudo na Semana Santa, após a Páscoa. Contudo, ao contrário de Fátima que tem uma projeção mundial (e, inevitavelmente, forte pendor comercial), Braga mantém-se discreta, com a aura de autenticidade religiosa de sempre.

OS TESOUROS DA SÉ DE BRAGA

Com efeito, existem em Braga dezenas de edifícios religiosos, cujos sinos ecoam, aqui e ali, pela cidade.

Em primeiro lugar, entre os locais religiosos mais emblemáticos da cidade, destaca-se a Sé de Braga. Fundada ainda antes do próprio país, é um dos mais antigos templos românicos de toda a Europa. De facto, o edifício data dos finais do século XI.

Naturalmente, foi intervencionado muitas vezes, ao longo dos séculos. Deste modo, do edifício original já resta pouco. É o caso da Porta do Sol, na lateral, com as suas arcadas românicas, do altar mor ou das grades da Galilé.

Passados mil anos, a missa regular continua a dar vida à Sé de Braga. Todos os dias da semana. Várias vezes ao dia.

De igual forma, a Sé também ganha vida com os muitos visitantes, que entram para a conhecer. E aos seus tesouros. Com efeito, são muitas as riquezas históricas e religiosas da Sé de Braga. Boa parte integra o Tesouro Museu da Sé de Braga. Entre estas relíquias, encontramos, por exemplo, uma imagem de Nossa Senhora do século XIV, ou o mais antigo cálice, de prata, encontrado em território nacional.

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BOM JESUS DO MONTE: A MECA CATÓLICA DO NORTE DE PORTUGAL

Assim sendo, pela centralidade religiosa que Braga sempre teve, a cidade atrai milhares de fiéis e peregrinos.

Efetivamente, o Bom Jesus do Monte é o mais afamado ex libris de Braga. Sem dúvida, um centro religioso, mas também uma atração turística, cuja imagem de marca é a imensa escadaria. Dividida em diferentes patamares, em cada um deles podemos respirar e retemperar forças. Ao mesmo tempo, podemos ainda apreciar a elegante decoração, que conjuga pedra, fontes e bonitos jardins.

A par disso, o Bom Jesus do Monte é um exemplar belíssimo da arte barroca portuguesa. Por um lado, a sua longa escadaria desafia a fé e a força de vontade dos fiéis. Por outro lado, ao longo da subida e também no topo, a vista é simplesmente espetacular.

Como se não bastasse, também vimos de lá com a sensação de termos feito o exercício físico para toda a semana. Afinal, ao todo, a escadaria tem mais de 500 degraus!

Tal como a Sé de Braga e o Bom Jesus, também o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro é um polo de peregrinação. Mais do que isso, depois de Fátima, é o centro mariano mais importante do país. Ou seja, de devoção à Virgem Maria. Situando-se no coração de uma bonita mata, tem uma vista soberba sobre a cidade.

MAIS UM SANTUÁRIO, MAIS UM MIRADOURO

Ainda assim, se não quer ou não pode subir uma imensa escadaria, não se preocupe. Em alternativa, pode chegar ao topo do Bom Jesus do Monte de carro. Ou então, em alternativa, no elevador funicular. De facto, foi inaugurado em 1882, e é o mais antigo da Península Ibérica. Já agora, saiba que o Bom Jesus do Monte está classificado como Património da Humanidade.

Para completar o trio de locais de peregrinação a Braga, falta referir o Santuário da Santa Maria Madalena da Falperra. Situado no topo de um monte, nas proximidades da cidade, é mais um miradouro privilegiado. Na verdade, situa-se entre os concelhos de Braga e Guimarães, ambos integrados no distrito de Braga.  

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Com uma planta heptagonal bastante incomum, a sua fachada encaixa num dos cantos do edifício. Construída entre os séculos XVII e XVIII, é um edifício emblemático dos períodos tardo-barroco e rococó. Por ser um Santuário, inclui uma alameda, diversas capelas e um cruzeiro, a marcar o roteiro de peregrinação dos fiéis.

Naturalmente, o património religioso de Braga estende-se ainda aos diversos conventos, igrejas e capelas que compõem a cidade. Entre elas, destacamos a Capela de São Frutuoso, na avenida com o mesmo nome, um exemplar do tempo dos visigodos.

BRAGA, DESTINO (PREMIADO) DE LUXO

Em 2017, Braga recebeu o prémio de Destino Europeu de Património. Esta distinção foi atribuída pela conceituada revista britânica «The Luxury Travel Guide». E, de facto, não foi por acaso.

Com efeito, o segmento de luxo é uma das apostas de Braga, na sua promoção como destino turístico.

De facto, existem na cidade dezenas de hotéis de quatro e cinco estrelas, à escolha dos viajantes mais exigentes.

De igual forma, o mesmo se aplica à vasta oferta de casas e apartamentos completos, para que prefere maior privacidade.

Entre estes, destacam-se, por exemplo, o Melia Braga Hotel & Spa, o Solar Quinta da Maínha. ou ainda o Vila Galé Collection Braga.

Contudo, se preferir uma estadia menos dispendiosa, não se preocupe. Afinal, a oferta é igualmente vasta.

MUITO MAIS DO QUE TURISMO RELIGIOSO

Com efeito, a par do seu património religioso, Braga distingue-se por muitas outras qualidades. Desde logo, é uma bonita cidade, polvilhada de antigos palácios, um centro histórico, jardins e esplanadas. A par disso, ali perto passa o rio Cávado, que corre para a costa portuguesa, desaguando no Oceano Atlântico em Esposende.

Embora acarinhando sempre a sua história, Braga tornou-se uma cidade moderna e cosmopolita. Em parte, a sua vitalidade deve-se à Universidade, fundada em 1973. Denominada Universidade do Minho, rapidamente se tornou um importante centro de saber, investigação e inovação. A par disso, Braga foi a cidade escolhida para instalar o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia.  

Por outro lado, no que toca à vida cultural, Braga partilha com os visitantes a sua essência, construída nas diferentes épocas históricas.

Deste modo, a herança romana pode ser visitada na Domus Escola Velha da Sé, ou nas termas do Alto da Cividade. Como testemunho do período suevo, existe o Núcleo Museológico de São Martinho de Dume, na igreja com este nome. Ainda no centro histórico, a Torre de Menagem deixa adivinhar como teria sido o antigo castelo de Braga.

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MUSEUS PARA TODOS OS GOSTOS

Numa visita a Braga, espreite ainda os seus originais museus. São muitos, e todos eles interessantes. Por exemplo, descubra o Museu da Imagem, junto ao Arco da Porta Nova. Inaugurado em 1999, ocupa um edifício do século XIX e uma torre da antiga muralha do castelo. Graças ao seu espólio, em boa parte herdado de duas antigas casas de fotografia, viajamos até ao início do século XX. Através da fotografia, claro.

Outro espaço cultural que não pode perder é o Museu dos Biscainhos. Instalado num imponente palácio do século XVII, foi moradia dos condes de Bertiandos. Assim, dentro de casa e no jardim barroco, ilustra a vivência da nobreza portuguesa dos séculos XVII e XVIII.

Se lhe sobrar tempo, recomendamos ainda que visite o Museu do Traje Dr. Gonçalo Sampaio, dedicado à etnografia do Baixo Minho, e Palácio do Raio. Com mais de 250 anos, partilha as muitas Memórias da Misericórdia de Braga. Já agora, se puder, conheça também o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, o Museu Pio XII, e o Museu Nogueira da Silva.

LAST BUT NOT LEAST: A GASTRONOMIA DE BRAGA

Inserido na antiga província do Minho, o distrito de Braga é sinónimo de paisagens verdejantes. A cidade de Braga é a capital do distrito com o mesmo nome e, por ser uma cidade, concentra um grande número de restaurantes, onde a gastronomia da região está representada. No entanto, claro que também a pode encontrar noutras paragens vizinhas. Na verdade, pelo menos na nossa opinião, a comida até sabe melhor nos meios mais pequenos. Que é como quem diz, mais castiços.

Assim sendo, quando visitar a cidade ou o distrito de Braga, procure os pratos mais tradicionais. Afinal, também a gastronomia dá a conhecer a essência dos locais que visitamos.

Deste modo, passemos às delícias bracarenses. Desde logo, incluem o cabrito e a vitela assados, os rojões à minhota e o bacalhau à Narcisa. Embora não seja para todos os paladares, um dos petiscos mais tradicionais são as famosas Papas de Sarrabulho. Na prática, este prato é confecionado com carnes de galinha e porco, chouriço e presunto, pão ou farinha de milho e… sangue de porco. Se não for vegetariano, recomendamos que experimente antes de tirar conclusões precipitadas ;)

Em Portugal, a sopa não pode faltar à mesa. Em Braga, a mais típica é o Caldo Verde, acompanhado com broa de milho. 

…E A DOÇARIA MINHOTA

Antes de se levantar da mesa, reserve um espacinho para a sobremesa, e também aqui a oferta é vasta. E deliciosa. Tome nota, escolha bem e não se desgrace. Há os Fidalguinhos, as Paciências, os Suplícios, e as Cavacas de Morreira. Mas também as Pederneiras, as Fatias Doces e os Sameirinhos. E ainda os Mexidos, o Doce Branco e os Charutos de Chila.

Como se tudo isto não bastasse, é desta região o melhor pudim do país. Falamos, claro, do Pudim Abade de Priscos, criado por um homem da igreja com paixão pela gastronomia.

A lista da gastronomia de Braga não está completa, mas contamos consigo para a descobrir, in loco.

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