Nadia Hashimi

«A madar-jan manteve-me em casa durante algumas semanas para que eu me habituasse à ideia de ser um rapaz antes de me deixar apalpar terreno lá fora.

Corrigia as minhas irmãs quando me chamavam Rahima e fazia o mesmo com os meus primos mais novos, que nunca tinha visto uma bacha posh.

Eles correram para as suas casas para contarem a novidade às mães , que esboçaram um sorriso. Cada uma delas tinha dado ao marido pelo menos dois filhos homens para continuarem o nome da família. Não precisavam de fazer de uma filha sua uma bacha posh

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Ano de publicação
  • Uma surpreendente viagem ao Afeganistão do passado e do presente.

UMA PEDIATRA-ESCRITORA INSPIRADA PELAS ORIGENS AFEGÃS  

A autora, Nadia Hashimi, é filha de dois afegãos que abandonaram a terra natal nos anos 70, em busca de uma vida melhor. A pérola que partiu a concha é o seu romance de estreia. Neste livro, esta pediatra que se tornou escritora recupera as origens afegãs e a cultura ancestral da família para partilhar com os leitores uma história terna e surpreendente.

Uma história que nos faz mergulhar no Afeganistão do passado, onde a sociedade patriarcal atinge o seu expoente máximo. Traz-nos também ao Afeganistão mais moderno, dos senhores da guerra e da vida parlamentar, onde os homens dominam e as mulheres são reprimidas.

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RAHIMA, A PÉROLA QUE PARTIU A CONCHA

A protagonista de A pérola que partiu a concha é a jovem Rahima. Vive com os pais e as irmãs numa aldeia afegã a norte de Cabul onde, por decisão paterna, são impedidas de ir à escola. Afinal, não fica bem uma rapariga andar sozinha na rua. Mais vale ficarem em casa com a mãe, como as restantes raparigas da comunidade.

No entanto, com um pai viciado em ópio e muitas vezes ausente para alinhar com um senhor da guerra, as mulheres da família veem-se isoladas do mundo e privadas dos recursos mais básicos. Não saem de casa sozinhas e não existe na família um rapaz para ir sequer às compras, ou acompanhá-las na rua.

É então que, seguindo uma antiga tradição afegã, a mãe transforma Rahima numa bacha posh. Uma rapariga que, para todos os efeitos, perante a família e a sociedade, passa a ser um rapaz. Uma espécie de alucinação coletiva que dá a Rahima uma liberdade que de outra forma nunca teria, e que dura até à adolescência, quando as suas formas femininas começam a aparecer.

BACHA POSH, AS RAPARIGAS QUE FINGEM SER RAPAZES 

«A pérola que partiu a concha» dá a conhecer ao ocidente as bacha posh. Um costume antigo no Afeganistão, que vem contornar a ausência de rapazes numa família. Ao transformar uma rapariga em rapaz – nas roupas, nos comportamentos, nas idas à escola e ao meio envolvente – os pais passam a ter um almejado filho homem, e as mulheres da família passam a ter alguém com quem contar.

Rahima aproveita a sua liberdade enquanto pode, mas um dia ela acaba e, como as irmãs, é obrigada a casar com um senhor da guerra. O seu percurso torna-se igual ao de tantas outras mulheres, mas Rahima tem algo de diferente dentro de si: a experiência de ter sido bacha posh e o exemplo inspirador da trisavó, Shekiba que, também ela, vestira a pele de um rapaz…

Será que esta pérola afegã terá capacidade para partir a sua concha?

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«A tender and beautiful family story.»

Khaled Housseini

«There’s nothing better than a novel that sweeps you away to a richly drawn new world, offering that rare miss-your-subway-stop immersion.»

Washington Post

«My parents were born and raised in Afghanistan in the 1950s and 60s, a time when things were much different for the country. My aunts graduated from college and my mother even traveled to Europe on scholarship to obtain her graduate degree in engineering. »

Nadia Hashimi, autora

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