Feira Nacional do Cavalo
A CELEBRAÇÃO DA ARTE EQUESTRE
Desde sempre que, em Portugal, a vila da Golegã é sinónimo de cavalos. De facto, todos os anos, em novembro, na altura do são Martinho, a vila celebra a ligação ancestral que mantém com este nobre animal.
Com efeito, se em tempos o cavalo era apenas um auxiliar de trabalho, hoje em dia é um companheiro de desporto, com quem se partilha a arte equestre.
Em pleno distrito de Santarém, a Feira Nacional do Cavalo é uma festa com projeção nacional, sem paralelo no nosso país. Por essa razão, todos os anos acorrem à Golegã amantes da equitação e criadores, trajados a rigor com as vestes tradicionais.
Sem dúvida, um colorido cenário de tradição que não se vê em mais lado nenhum. Deste modo, no recinto da feira, que ocupa boa parte da vila, circulam cavaleiros aprumados, e cavalos engalanados. Sem dúvida, são eles os reis da festa, e o público desvia-se para os deixar passar.
pub
DEZ DIAS DE FESTA NA CAPITAL DO CAVALO
Inevitavelmente, a Feira Nacional do Cavalo atrai milhares de pessoas todos os anos, vindas de todo o lado. Invariavelmente, o evento tem um programa que é vasto e muito variado.
Assim, todos os dias acontecem provas, desfiles e demonstrações a cavalo. Afinal, a Feira do Cavalo concentra todo o universo equestre. Desde a atrelagem à dressage, passando pela competição, equitação de trabalho, exibição de potros, e muito mais. Em suma, uma dinâmica de exibição e de comércio, que tem origem no século XVIII, com o apoio do Marquês de Pombal.
A par dos eventos equestres, a Feira Nacional do Cavalo é pródiga em convívio, e abundante em comes e bebes. Afinal, não faltam restaurantes e tasquinhas, mas também lojas e quiosques onde se vende todo o tipo de produtos ligados à arte equestre.
Fotos: Câmara Municipal da Golegã
PRECISA DE ALOJAMENTO?
UMA FESTA EQUESTRE COM MUITOS SÉCULOS
Em 2022, a Feira Nacional do Cavalo celebrou 50 anos de existência, e 46 edições. Pelo meio, algumas edições foram suspensas, devido a pandemia ou à febre equina.
Porém, esta festa popular ribatejana tão ligada aos cavalos é muito mais antiga. No entanto, originalmente era conhecida como a Feira de São Martinho, cuja primeira edição oficial data de 1571.
De facto, no século XVI, o rei D. Sebastião deu o seu aval à feira que aqui já decorria, dinamizada pelas gentes locais. Segundo consta, já nessa altura se comercializavam cavalos, essenciais no trabalho do campo e no transporte. Na verdade, inicialmente, o patrono da feira era São Francisco. Contudo, a feira passou de outubro para novembro, e por isso veio a ser dedicada a São Martinho.
Deste modo, a Feira de São Martinho manteve esta designação até ao século XVIII. Nessa altura, passou a ser mais conhecida como Feira da Golegã. Mais tarde, a partir de 1972, assumiu nova identidade, como Feira Nacional do Cavalo. Apesar de tudo, ao longo de todo este tempo, a sua essência esteve sempre ligada ao mundo equestre.
Fotos: Câmara Municipal da Golegã
pub