Tavira

UMA CIDADE COM 500 ANOS, À BEIRA DA RIA FORMOSA

Sem dúvida, Tavira é uma das mais bonitas cidades do Algarve. Mais do que isso, foi a primeira a ser reconhecida como cidade, no Algarve. Com efeito, o foral de D. Manuel data de 1520.  

Situando-se à beira da Ria Formosa, Tavira é atravessada pelo rio Gilão, que lhe dá um encanto extra. A par disso, é uma cidade movimentada, pois não lhe faltam atrativos. 

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Em si mesma, Tavira não é um destino de praia. No entanto, esta bonita cidade em tons de branco é o coração da ria Formosa. Por essa razão, nas suas proximidades temos acesso a muitas e excelentes praias. Entre elas, Cabanas de Tavira, a Praia d’El Rei, Santa Luzia, etc. A costa é longa, e convida a banhos no verão.

desde o século XIII que Tavira é uma cidade cristã. Antes disso, foi habitada pelos fenícios, e ganhou importância com a ocupação árabe, a partir do século XI. Deste modo, foi capital de um distrito e de um Reino Taifa.

Por essa razão, Tavira ostenta muitas marcas da sua longa história. A par disso, é uma cidade moderna, cujas praças se enchem de gente no verão.

TAVIRA FENÍCIA, ÁRABE E CRISTÃ

No século IX antes de Cristo, os fenícios colonizaram esta parte da Península Ibérica. Deste modo, escolheram a colina de Santa Maria para se instalarem. Com efeito, deste ponto alto ganhavam visibilidade sobre o rio e o acesso à costa. Mais tarde, esta mesma colina foi ocupada por árabes e, mais tarde, cristãos. Com efeito, a atual Igreja de Santa Maria terá sido construída sobre a principal mesquita da cidade.

Hoje em dia, a maioria dos visitantes de Tavira concentra-se na zona baixa da cidade. Com efeito, junto ao rio há ruas estreitas com comércio, mas também praças largas que convidam a passeios de verão. Contudo, é na parte mais alta da cidade que se concentram as suas riquezas mais antigas.

Assim, suba a colina, porque vai valer a pena. Desde logo, vai descobrir algo de que muitos turistas nem desconfiam: Tavira tem um castelo! Mais do que isso, dali consegue ter uma vista impressionante sobre toda a cidade.

Ali ao lado, uma vasta área está vedada para escavações arqueológicas. Afinal, estamos numa cidade com milénios de história.

DESCOBRIR O PASSADO DE TAVIRA 

Na ampla Praça da República, junto ao rio Gilão, destaca-se um imponente edifício. Com efeito, aqui funciona um dos mais importantes polos do Museu Municipal de Tavira. Se entrar, vai conhecer o Núcleo Museológico Islâmico desta bonita cidade.

Despois da visita, sugerimos que aproveite para beber algo numa esplanada, antes de subir a colina. Acredite, vai valer a pena.

De facto, neste percurso percebemos logo que estamos numa parte antiga da cidade. Afinal, além do casario antigo, encontramos igrejas centenárias e símbolos de outras épocas.

Deste modo, entre os edifícios mais marcantes, encontramos o Palácio da Galeria, na calçada com o mesmo nome. Com efeito, a sua fachada quinhentista, branca e cheia de janelas, alberga o polo principal do Museu Municipal de Tavira. Em suma, o espaço mostra o percurso desta cidade desde o tempo dos fenícios.

A par disso, na zona mais alta da cidade, encontramos ainda diversas igrejas, vestígios arqueológicos e, claro, o castelo. Se quiser conhecer o roteiro completo do património, consulte o roteiro da Câmara Municipal de Tavira.

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UMA COLINA CHEIA DE ATRATIVOS

Com efeito, Tavira tem muito mais para descobrir. A começar pelo topo.

Assim, no ponto mais alto da colina, encontramos o discreto castelo, cuja muralha envolve um bonito jardim. Lá do alto, vemos a cidade e o rio, e uma paisagem de casario branco.

Em 1242, quando a cidade foi reconquistada pelos cavaleiros da Ordem de Santiago, já existia uma muralha. Na origem, desde a época fenícia, e depois islâmica. Porém,  foi reforçada no reinado de Afonso III (1248-1279) e depois por D. Dinis (1279-1325).

Ali perto, está o Convento Nossa Senhora da Graça, hoje uma luxuosa Pousada onde pode ficar alojado.

Além disso, este antigo convento partilha ainda com o público o Núcleo Arqueológico do Bairro Almóada. Ou seja, um povoamento da dinastia berbere que ocupou esta colina até à reconquista cristã, no século XIII.

Mesmo ao lado, na Calçada Dom paio Peres Correia, existe uma parte da muralha fenícia. Data do século VIII a. C. e, em tempos, protegeu o antigo povoado.

4 IGREJAS QUE VALE A PENA VISITAR

Junto à entrada do castelo, está a bonita Igreja de Santa Maria do Castelo.

Em tons de branco, foi fundada pelos cavaleiros da Ordem de Santiago no século XIII. Se reparar, está decorada com a cruz alusiva a esta ordem.

No século XVIII, precisou de restauro, devido aos danos do terramoto de 1755.

Aliás, à semelhança da Igreja Matriz de Santiago, situada um pouco mais abaixo. Debruada a amarelo, ostenta sobre o portal um cavaleiro da Ordem.

Deste modo, nesta zona da cidade encontramos ainda a bonita Igreja da Ordem Terceira de São Francisco.

Fundada no século XIV, não está muito longe da Igreja da Misericórdia, no largo com  mesmo nome.

Na fachada, esta ostenta uma larga faixa trabalhada, que contrasta com o branco liso das laterais.

No interior, o espaço é forrado a painéis de azulejo e não faltam detalhes em talha dourada.

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UMA CIDADE VIRADA PARA O RIO

Quando foi fundada, no século XVI, Tavira já era um importante porto comercial. No entanto, com o evoluir dos tempos, as rotas de comércio com o oriente deixaram de passar por aqui. Deste modo, a cidade concentrou-se na pesca e na agricultura, assim como na extração de sal.

Efetivamente, além do peixe e do sal, daqui se exportava sobretudo figo, azeite, vinho, amêndoa e alfarroba.

Hoje em dia, Tavira continua a ser uma cidade ligada ao mar. No entanto, hoje em dia, a pesca ainda faz parte da vida na região, mas não como antigamente. De facto, uma das atividades mais fortes e lucrativas era a pesca do atum. Para conhecer est história, visite o Núcleo Museológico da Pesca do Atum, junto à ria. Fica no pátio do Eco Hotel Vila Galé Albacora, a antiga Armação do Arraial Ferreira Neto.

Com a pesca intensiva, há mais de 30 anos que o atum começou a escassear na costa algarvia. Neste percurso, ficava preso em autênticas armadilhas no mar, presas ao fundo por centenas de âncoras. Muitas delas estão na Praia do Barril, como se decorassem as dunas. Assim sendo, neste museu aprendemos como funcionava a pesca do atum, e como se montavam as almadravas que aprisionavam.

Hoje incipiente, a pesca do atum foi uma das atividades que deram lugar ao turismo. Afinal, Tavira é uma das cidades algarvias mais visitadas, sobretudo no verão.

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