Museu do Azeite, Bobadela

A MILENAR HISTÓRIA DO NÉCTAR DE AZEITONA

O Museu do Azeite situa-se no concelho de Oliveira do Hospital, em plena serra do Açor, no centro de Portugal. Neste complexo de arquitetura moderna e invulgar, conta-se a história milenar do azeite. Mais do que isso, mostra-se a evolução do seu processo de produção e convida-se os visitantes a apreciarem este produto de excelência em Portugal. O original complexo museológico está instalado na aldeia de Bobadela, outrora uma importante localidade do império romano. Com certeza, vai ficar surpreendido com este património ainda pouco conhecido em Portugal.

A INICIATIVA PRIVADA AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

É na aldeia de Bobadela, no distrito de Coimbra, que encontramos o Museu do Azeite.Um museu invulgar, numa aldeia pouco conhecida, mas com vasta herança romana.

Com efeito, este museu partiu da iniciativa de um casal de produtores de azeite, António e Maria Manuela Dias. Mais do que isso, nasceu de uma paixão e de um sonho. Uma louvável iniciativa privada, que contou com apoios comunitários.

Com efeito, o fundador António Dias deixou-se cativar pelo setor do azeite em 1986. A par da atividade profissional como produtor, ao longo de décadas colecionou peças ligadas a esta indústria milenar. Mais do que isso, reuniu uma coleção única, com centenas de peças. No conjunto, dão testemunho de tempos e modos de trabalhar ancestrais.

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«DEUS QUER, O HOMEM SONHA E A OBRA NASCE»

Num vídeo que podemos ver no museu, os fundadores explicam tudo. Desde a paixão pelo azeite à vontade de a partilhar com o público, num projeto inovador. Desde logo, a começar pelo próprio edifício.

A par do espólio único que oferece aos visitantes, o Museu do Azeite não podia ser mais original. Visto do chão, o edifício faz lembrar grandes silos verticais, em tons de verde e de preto. No entanto, visto de cima, o conjunto arquitetónico forma um surpreendente e harmonioso ramo de oliveira. Neste projeto, os frutos são negros e as folhas verdes. Vista aérea do Museu do Azeite

Assim sendo, este invulgar projeto é da autoria do arquiteto Vasco Teixeira. Deste modo, o ramo de oliveira espalha-se por uma área que ronda os 1700 metros quadrados.

Assim sendo, as salas, que partem do ramo central do edifício, contam a história da produção de azeite. Ou seja, desde a época romana até à era da mecanização.

Mesmo ao lado do Museu do Azeite, encontra-se um lagar que também pode ser visitado. Neste espaço, os diferentes produtores locais podem entregar a sua azeitona, para ser transformada em azeite.

UM RAMO DE OLIVEIRA QUE CONTA MUITAS HISTÓRIAS

Talvez não saiba que as palavras «azeite» e «azeitona» são de origem árabe. Contudo, o «ouro líquido» já se produzia na Península Ibérica quando os romanos aqui chegaram. De facto, a cultura da azeitona havia sido introduzida pelo fenícios e gregos mas, verdade seja dita, teve um grande impulso com os romanos.

O facto de exportarem azeite do sul da Península Ibérica para Roma, atestado pelos escritos de Estrabão e de Plínio, mostra bem como era valorizado.

Dois mil anos volvidos, a tradição é reavivada no moderno Museu do Azeite, numa aldeia marcada pela herança romana.

Naturalmente, em dois milénios, muita coisa mudou no modo de produção do azeite. No entanto, a base do processo mantém-se basicamente o mesmo. Ou seja, começa na apanha da azeitona, depois moagem, prensagem e decantação, para extrair o precioso e nutritivo «ouro líquido».

Assim sendo, o percurso delineado no Museu do Azeite convida o visitante a conhecer todo o processo de produção, nas diferentes épocas.

O Museu do Azeite abriu portas em dezembro de 2018, dinamizando assim o emprego e o turismo na região. Alexandra Dias, filha do fundador do Museu, explicou ao Crossing Portugal que, no primeiro ano, o espaço recebeu mais de 13 mil visitantes, muitos deles estrangeiros. Um número promissor, apesar de se situar no interior, longe dos grandes centros turísticos de Portugal.   

UMA VISITA PARA TODA A FAMÍLIA

Enquanto visitante, se espera encontrar um museu tradicional, desengane-se. Apesar de a produção de azeite ter uma tradição antiga, a sua história é apresentada de forma muito atual, inclusive com recurso à mais avançada tecnologia interativa.

A visita ao Museu do Azeite desemboca num bonito jardim, pontuado por oliveiras, como não podia deixar de ser, e convida ainda à degustação do azeite incorporado nos mais diversos pratos, no restaurante Olea. Este nome, escolhido de forma estratégica, designa a espécie de oliveira mais comum em Portugal.

A partir do restaurante, a vista para a vizinha Serra da Estrela é soberba, e convida a gastar aqui algum tempo com tranquilidade. Antes de ir embora, no entanto, não deixe de visitar a loja do Museu, e leve para casa azeite, claro, mas também outros produtos que com ele se criam, como sabonetes ou licor de folha de oliveira, de produção local.

O Museu do Azeite é garantia de uma viagem bem empregue a uma das zonas montanhosas mais bonitas de Portugal. É também sinónimo de um dia de aprendizagem e lazer, para todas as gerações.

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  • MORADA: Travessa dos Vales, nº 7, 3405-008 Bobadela

  • CONTACTO: 238 603 095 | 925 465 200 |  info@museudoazeite.com

  • PREÇO: Entre 4 e 5 euros. Gratuito até aos 12 anos.

  • HORÁRIO: Aberto de terça-feira a domingo das 10:00h às 18:00h. Encerra à segunda-feira, exceto se coincidir com feriado.

  • ACESSIBILIDADE: O espaço está preparado para pessoas com mobilidade reduzida. Entrada em rampa espiral, plataformas elevatórias, WC.

  • ATENÇÃO: Os dados apresentados podem ser alterados. Confira antes de visitar.

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