Museu Regional do Abade de Baçal, Bragança

O ABADE QUE REVOLUCIONOU A CULTURA TRANSMONTANA

O Museu Regional do Abade de Baçal homenageia Francisco Manuel Alves. Com efeito, este homem da Igreja foi um apaixonado pela história da região transmontana. Além de abade, foi arqueólogo, autodidata e curador do museu regional que hoje ostenta o seu nome. Este erudito, natural de uma aldeia de Bragança, reuniu um importante espólio que hoje podemos conhecer neste museu, instalado no antigo Paço Episcopal de Bragança.

O AMOR AO SABER E À CULTURA TRANSMONTANA

Sem dúvida, Francisco Manuel Alves foi um homem à frente do seu tempo. Investigador e arqueólogo autodidata, estudou como ninguém, até então, a cultura transmontana.

Além disso, ao longo da vida, partilhou sempre o que foi descobrindo. Em consequência deste percurso, entre 1925 e 1935, foi curador do Museu Regional de Bragança. Um espaço que havia sido fundado em 1915.

Assim sendo, Francisco Manuel Alves foi responsável pela aquisição de boa parte do importante espólio do museu. Um espaço que, entretanto, passou a ostentar o seu nome, para lhe prestar homenagem.

Ainda assim, importa destacar outros bragançanos que contribuíram para a recolha do espólio do Museu Regional do Abade de Baçal. Designadamente, Raul Teixeira e José Montanha, 

Abade de Baçal

Efetivamente, encontramos o museu no antigo Paço Episcopal de Bragança, na rua Abílio Beça. Ou seja, em pleno centro histórico de Bragança. No interior, o acervo museológico cobre toda a história da região transmontana, desde o período pré-histórico.

Renovado em 2006, o Museu Regional do Abade de Baçal inclui peças de mobiliário, numismática, etnografia, faiança, ourivesaria, entre muitas outras peças. Neste valioso espólio, destacam-se ainda pinturas de artistas portugueses de renome internacional, como Silva Porto, Almada Negreiros ou José Malhoa.

UM HOMEM DO POVO E DA RELIGIÃO

Oriundo de uma família de agricultores, Francisco Manuel Alves nasceu em Bragança a 9 de abril de 1865. Ainda na juventude, adquiriu o gosto pela arqueologia. Segundo consta, foi graças a uma tia, Luzia Alves. No entanto, o seu futuro passaria pelo estudo de Teologia, no seminário de São José de Bragança.

Deste modo, foi ordenado em 1889, e inicialmente colocado na paróquia de Mairos. Apesar disso, ficaria para sempre conhecido pelo cargo que ocupou mais tarde. Como sabemos, o de abade, na aldeia de Baçal.

Contudo, a par da vida religiosa, o Abade de Baçal sempre manteve uma atividade intelectual intensa. Desde cedo, interessou-se pelo passado e pelo património histórico da região em que vivia. Em consequência, dedicou-se a fundo à sua investigação. 

Em resultado, os seus estudos trouxeram à luz do dia muitos aspetos até então desconhecidos sobre o distrito de Bragança. Mais do que isso, sobre toda a vasta região transmontana.

 

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O VASTO LEGADO DO ABADE DE BAÇAL 

A par de diversas colaborações em periódicos, o Abade de Baçal escreveu um conjunto de obras que exploram o património transmontano. Mais do que isso, a sua obra é muito abrangente. Nomeadamente, escreveu as Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança (1947), e Castro de Avelãs, Mosteiro Beneditino (1910).

Com efeito, o abade era incansável no estudo da região. Nas suas publicações, constam ainda Restauração de 1640 no Distrito de Bragança (1940) e Correção de uma notícia errónea dos escritores espanhóis referentes às Guerras de Restauração (1940).

Além destes, criou ainda o Catálogo dos Manuscritos de Simancas respeitantes à História Portuguesa (1933), Lista de Provesende e Sepulcros Luso Romanos (1938). A par disso, é também autor de Notabilidades antigas e modernas da villa de Anciães (1916) e também Arqueologia, Etnografia e Arte (1934). Sem dúvida, era grande a abrangência do seu conhecimento. 

MUSEU REGIONAL DO ABADE DE BAÇAL: PARTILHAR A CULTURA TRANSMONTANA

Pela obra que produziu, e pelo importante papel que teve, o Abade de Baçal foi membro dos mais proeminentes grémios do conhecimento. Designadamente, a Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Academia de Ciências e ainda do Instituto Etnológico. A par destas, contam-se ainda outras instituições estrangeiras.

Em consequência, o museu que dirigiu e ajudou a construir veio a prestar-lhe homenagem, após deixar o cargo de diretor, em 1935. Deste modo, passou a designar-se Museu Regional do Abade de Baçal.

De facto, após uma vida plena, o Abade de Baçal faleceu em Bragança a 13 de novembro de 1947. Mesmo tendo partido, deixou-nos um vasto legado. Afinal, era um homem invulgar e fascinante, muito à frente do seu tempo. Pela pela sua paixão e dedicação, conquistou um lugar na história de Portugal.

 

 

SHOPPING

  • MORADA: Rua Abílio Beça 27, 5300-011 Bragança

  • CONTACTO: 273 331 595 | mabadebacal@culturanorte.pt

  • PREÇO:

  • HORÁRIO: 9h30h-12h30 | 14h00-18h00. Encerra à segunda-feira.

  • ACESSIBILIDADE: O espaço está preparado para pessoas com mobilidade reduzida, inclusive com rampas elevatórias ???

  • ATENÇÃO: Os dados apresentados podem ser alterados. Confira antes de visitar.

Cartaz do site Feiras de Sabores