Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal
27 SÉCULOS DE HISTÓRIA
Na base da Pousada Afonso II, em pleno castelo de Alcácer do Sal, existe um mundo subterrâneo que testemunha quase 3000 anos de história. Visite connosco a Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal.
UMA VIAGEM NO TEMPO
Antes de mais, importa realçar que o Castelo de Alcácer do Sal encerra uma enorme conjugação de marcas do passado. Mais precisamente, desde há cerca de 2700 anos.
Com efeito, é na Cripta Arqueológica, aberta ao público desde 2008, que encontramos as marcas mais antigas.
Assim sendo, por baixo da atual pousada Afonso II, existe um mundo subterrâneo que outrora foi habitado. Pelo menos, desde a Idade do Ferro, ou seja, por volta do século VII a. C.
Quando percorrermos estas passagens subterrâneas, vamos ao encontro de uma sucessão de povos que habitaram este local, ao longo de muitos séculos. De facto, por aqui passaram as civilizações Romana, Islâmica, Medieval e, claro, Moderna.
UM PASSADO QUE PODEMOS PERCORRER
No início dos anos 90, a tutela decidiu transformar o antigo castelo de Alcácer do Sal numa Pousada da então ENATUR. Em consequência, os trabalhos de reconversão revelaram algo surpreendente.
Com efeito, na base do edifício, existia uma vasta área com antigos povoados que se sobrepunham. Desde logo, a descoberta tornou prioritária a musealização deste espaço, com testemunhos tão abundantes de vidas de outrora.
Debaixo da terra, entre os vestígios contam-se casas de pedra aglutinada com argila, próprias da Idade do Ferro. Do tempo romano, um santuário, e também uma rua com esgotos. A par disso, existem poços, estruturas habitacionais, e muros da época medieval,
Por outro lado, não faltam artefactos e peças de cerâmica, como ânforas, pratos e tigelas.
Entre as peças mais delicadas, contam-se uma tesoura, dedais e alfinetes, e também um bonito gancho para prender o cabelo.
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A ORDEM DE SANTIAGO, AS CLARISSAS E A CRIPTA ARQUEOLÓGICA
Efetivamente, desde há muito que esta colina de Alcácer do Sal tem ocupação humana, pela sua localização estratégica. Assim, em 1191, o califa almóada Ya’qub Al- Mansur mandou construir a fortificação.
Com efeito, o castelo chegou a ter 30 torres, e as suas muralhas protetoras, que alcançaram 25 metros de altura.
No século XII, com a reconquista cristã, Alcácer teve um papel importante. Inclusivamente, quando a conquistou aos mouros, o rei Afonso II, entregou-a aos Cavaleiros da Ordem de Santiago de Espada. O com o intuito de garantirem o território conquistado.
Mais tarde, no século XVI, as antigas instalações da Ordem de Santiago de Espada foram convertidas no mosteiro feminino de Ara Coeli. Na altura, reinava el rei D. Sebastião.
Deste modo, durante cerca de 300 anos, as freiras Clarissas habitaram o espaço, até à extinção das Ordens Religiosas, no século XIX. De facto, um dos seus legados foi a doçaria regional, que ainda hoje faz parte do património de Alcácer.
Com a descoberta arqueológica nos anos 90, o mosteiro acabou, de facto, por transformado na pousada Afonso II. Ao mesmo tempo, houve um investimento acrescido para preservar a Cripta Arqueológica, e torná-la acessível aos visitantes.
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