Convento do Espinheiro, Évora
UMA ESTADIA COM REQUINTE
O Convento do Espinheiro data do século XV e é hoje um hotel de luxo, a apenas 4 km de Évora, no Alentejo. É longa a sua história, vivida por reis e rainhas, figuras da igreja e da cultura portuguesa. Hoje, como hotel de 5 estrelas, mantém viva a sua alma e a memória histórica da cidade.
CONVENTO DO ESPINHEIRO: HISTÓRIA EM AMBIENTE DE LUXO
Hoje em dia, o Convento do Espinheiro é uma luxuosa unidade hoteleira, com todo o requinte essencial a uma estadia memorável, e diversas formas de passar o tempo.
Enquanto hotel de cinco estrelas, inclui 92 quartos com camas king size, sendo que dez destes alojamentos são luxuosas suites.
Nos espaços comuns, para relaxar, os hóspedes podem desfrutar do SPA e das piscinas, uma interior e outra exterior.
Se prefere beber um copo e conviver, então visite o Cisterna Wine Bar. Conforme o nome indica, foi transformado a partir de um depósito de armazenamento de água, em estilo gótico, do século XV. Além deste, existem ainda outros bares, um deles no exterior, junto à piscina.
Outro espaço de qualidade inigualável é o Claustro Lounge, onde pode desfrutar de um aperitivo ou de uma agradável refeição. Para degustar sabores alentejanos de confeção requintada, pode optar pelos restaurantes Divinus e Olive.
Este hotel histórico, que tão bem soube adaptar-se às exigências modernas. A par disso, é também o local ideal para eventos especiais, como casamentos, banquetes ou reuniões de negócios. O salão D. Vasco, com vista para o olival, tem capacidade para 400 pessoas e oferece todas as condições para diversos tipos de evento, inclusive a nível tecnológico.
TUDO COMEÇOU COM UMA APARIÇÃO
Segundo reza a lenda, por volta de 1400, Nossa Senhora terá feito uma aparição aqui em Évora, levitando por cima de um espinheiro que havia então no local. Como seria de esperar, a notícia correu célere entre a população, e no local onde a Virgem apareceu edificou-se, em 1412, uma ermida em honra de da Virgem, para acolher os peregrinos que aqui vinham rezar.
O local tornou-se um importante foco de devoção religiosa. A tal ponto que o bispo de Évora, D. Vasco Perdigão, fundou aqui a Igreja de Santa Maria do Espinheiro e conseguiu autorização do Papa para instituir aqui um mosteiro. Corria o ano de 1458, e reinava D. Afonso V.
Com efeito, o Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, que veio a ser habitado pelos monges da Ordem de São Jerónimo. Esta ordem religiosa era favorecida pelo rei D. Manuel, o que levou muitas famílias nobres de então escolhessem os seus conventos para sepultar os seus entes queridos.
UM CONVENTO ACARINHADO PELA REALEZA
Ao longo dos séculos seguintes, o Convento do Espinheiro viria a ser um dos monumentos religiosos mais importantes de Évora. Com alguma regularidade, a este local de peregrinação religiosa acorriam também figuras régias, sobretudo da Dinastia de Avis. Assim, ao longo dos séculos, o espaço acolheu inúmeras personalidades ilustres e devotas da nossa história. Mais do que isso, reis e rainhas concediam ao Convento do Espinheiro ricas benesses, em sinal da sua devoção à Virgem.
Por exemplo, D. Afonso V ofereceu uma estátua de prata em troca da conquista da praça de Arzila. O seu filho D. João II, por ser igualmente devoto, era visita regular no convento e ali reuniu as cortes em 1481. O seu filho, o príncipe D. Afonso, o único nascido do casamento com D. Leonor, aqui terá consumado a paixão carnal com Isabel de Castela, ainda em vésperas da boda nupcial.
Azar dos azares, quando um dos merlões da torre ruiu (era uma noite de tempestade), os frades, angustiados pelo pecado dos noivos, atribuíram ao sucedido um mau augúrio. Coincidência ou não, o príncipe acabou por morrer alguns meses depois.
De igual forma, D. Manuel visitou e favoreceu generosamente o convento, e D. João III escolheu mesmo este local para panteão dos seus filhos. No entanto, entre todos os reis que mantiveram uma ligação especial ao Convento do Espinheiro, destaca-se D. Sebastião. Muito jovem, era presença assídua no convento e partilhava a vida dos monges. Dormia numa cela, assistia aos ofícios religiosos e recolhia-se em oração numa pequena ermida junto da capela-mor, que ali mandou construir de propósito.
De facto, El Rei D. Sebastião apreciava tanto o Espinheiro ali mandou edificar uma praça de touros. Segundo consta, volta e meia, ia ele próprio para a arena tourear.
UM HOTEL PARA TODOS
Durante a estadia no Convento do Espinheiro, as crianças vão adorar o parque infantil. Por outro lado, os adeptos da atividade física podem optar pelo ginásio e pelos campos de ténis e padel. A par disso, pode ainda alinhar num passeio de bicicleta para conhecer as redondezas.
Já agora, saiba que, no Convento do Espinheiro, os amigos de quatro patas serão recebidos de braços abertos. Assim como o seu carro elétrico, se precisar de o carregar.
Desde há muito, este é um espaço acessível a hóspedes com mobilidade reduzida. Mais do que isso, o hotel foi um dos primeiros, em Portugal, a aderir ao sistema NATIVE, que conjuga acessibilidade física, sinalética braille e acessibilidade eletrónica.
No exterior, o complexo hoteleiro inclui oito hectares de bonitos jardins, olival e capela, afastada da igreja conventual. Data de 1520 e, mais do que uma capela, é a última morada do escritor e artista Garcia de Resende (1470-1536), que compilou por escrito o Cancioneiro Geral. Este documento era um repositório de poesias da altura, e foi publicado em 1516.
Como se tudo isto não bastasse, o Convento do Espinheiro tem uma oliveira com mais de mil anos (!). A par disso, os hóspedes podem optar por um inúmeras atividades de lazer: conhecer Évora, mesmo ali ao lado, fazer um percurso pedestre ou um passeio de bicicleta na natureza, ouvir cante alentejano, voar num balão de ar quente, visitar o Cromeleque dos Almendres, e muito mais.