Prepare-se para engordar, porque a gastronomia portuguesa é um dos grandes atrativos nacionais.
O TRUQUE PARA COMER BEM SEM GASTAR MUITO
No que toca a refeições, a gastronomia portuguesa é famosa em todo o mundo. Certamente, já ouviu falar do nosso bacalhau, dos pastéis de nata ou do Vinho do Porto. No entanto, a oferta é muito mais vasta e absolutamente estonteante. Desde as sopas às sobremesas.
Em Portugal, é fácil encontrar um café ou restaurante, praticamente em cada esquina. Se souber escolher, vai encontrar refeições excelentes sem ter de gastar muito dinheiro. Para que saiba, o truque é afastar-se dos grandes centros turísticos, ou então perguntar a um habitante local onde é que costuma almoçar. Nunca falha !
Porém, se preferir renegar as delícias nacionais, também encontra restaurantes internacionais. Chineses, indianos, mexicanos, etc. Existem sobretudo nas grandes cidades. Contudo, claro que recomendamos a comida portuguesa.
Em qualquer restaurante de Portugal, encontra um conjunto de pratos muito comuns. É o caso do bitoque (bife com batatas fritas), por vezes com ovo a cavalo, do arroz de pato, do polvo à lagareiro ou das carnes grelhadas mistas.
Pode ainda comer açorda de gambas, caldeirada, feijoada ou cozido à portuguesa. Estes são alguns dos ex libris da gastronomia nacional. Com a vantagem de serem muito fáceis de encontrar, e a preços acessíveis.
SUBSCREVA A NEWSLETTER - RECEBA OFERTA DE CHECKLIST E CONTEÚDOS EXCLUSIVOS
GASTRONOMIA DE VERÃO E DE INVERNO, POIS CLARO
De facto, com uma gastronomia tão rica, os portugueses dão-se ao luxo de variar os hábitos alimentares ao longo do ano. É um fenómeno interessante, e vale a pena entrar no espírito.
Assim, no verão, apetece-nos mais comer peixe, marisco ou carne grelhada. Em regra, acompanhados com salada de alface, tomate e cebola, e ainda batata ou arroz.
No que toca ao marisco, num artigo da CNN, o chef Ferran Adria considera que os frutos do mar da costa portuguesa são os melhores do mundo. Sendo que o chef é espanhol… Portanto, está tudo dito.
Dito isto, nos meses mais quentes, a maioria dos portugueses rende-se à sardinha, assada na brasa ao almoço. É este, aliás, o prato obrigatório nos Santos Populares, que animam Lisboa e outras cidades do país, no mês de junho.
Outro ex libris dos meses quentes são os caracóis. Na verdade, horrorizam muitos estrangeiros, que não compreendem como conseguimos consumir algo viscoso. Parecem pequenas lesmas, com uma carapaça. Mas gostamos deles, e pronto. Não sabemos explicar. Com efeito, são uma tradição de verão, acompanhados de uma cerveja (ou várias), pão torrado e, claro, alguns amigos.
Por outro lado, quando o frio aperta, são as sopas e os assados que mais nos aconchegam o estômago. É nessa altura que preferimos a chamada «comida de tacho», seja de carne, peixe, moluscos ou marisco, desde que venha a fumegar para a mesa.
PRATOS TRADICIONAIS PORTUGUESES
BACALHAU, O FIEL AMIGO
Embora venha de águas longínquas, desde há muito que o bacalhau foi adotado pelos portugueses. Já agora, se quiser conhecer melhor a longa e peculiar ligação dos portugueses ao bacalhau, visite o Navio Hospital Gil Eannes, em Viana do Castelo, ou o Museu Marítimo, em Ílhavo.
Tradicionalmente pescado nos mares do norte, é conservado em sal, e depois demolhado para ser cozinhado. Sem dúvida, o bacalhau cozido com todos – batata, grão e ovo cozido – é a forma mais clássica, e o prato tradicional no jantar de consoada, no Natal.
No entanto, também pode ser confecionado no forno ou na brasa, e até cru, na chamada «meia desfeita» ou «punheta de bacalhau» em que é desfiado e marinado em alho e azeite.
De facto, existem mil e uma maneiras de cozinhar bacalhau, e os portugueses são exímios a prepará-lo e consumi-lo. São inúmeras as receitas de origem nacional, e todas elas são deliciosas. O Bacalhau Espiritual, o Bacalhau à Braz, o Bacalhau à Gomes de Sá. o Bacalhau com Natas, as pataniscas de bacalhau, os pastéis de bacalhau, o Bacalhau à Zé do Pipo ou o bacalhau com broa são algumas das mais conhecidas.
A FECHAR CADA REFEIÇÃO, UM DOCE E UM CAFÉ
Diz um ditado português que «Quem avisa, amigo é». Por isso, aqui fica o nosso aviso: cuidado com a doçaria portuguesa, que é de comer e chorar por mais!
Originalmente, a doçaria portuguesa foi desenvolvida e registada pelas freiras nos conventos. Uma doce consequência dos Descobrimentos portugueses, a partir do século XV, quando os navegadores passaram a trazer novos produtos para o país. Desta forma, o açúcar passou a estar disponível, e a ser usado nas mais adcicadas iguarias.
Também por isso, muitos dos nomes traem a sua origem. É o caso, por exemplo, do toucinho do céu, do pudim Abade de Priscos, dos Papos de Anjo ou das Barrigas de Freira.
No entanto, além dos doces conventuais encontra em Portugal especialidades regionais irresistíveis. Entre eles, os famosos Pastéis de Nata (Lisboa), o Pão de Ló (Ovar), as Queijadas (Sintra), e a Sericaia (Alentejo). Quer mais exemplos? O Bolo de Mel (Madeira), os Ovos Moles (Aveiro) e o Dom Rodrigo (Algarve), entre muitos outros.
Quer saber qual o nosso preferido? Todos!