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Guarda2021-02-07T15:32:32+00:00

GUARDA, A CIDADE MAIS ALTA DE PORTUGAL

Altaneira e imponente, a Guarda é a cidade mais alta de Portugal, vizinha da Serra da Estrela. Com mais de 800 anos de História, recebeu o primeiro foral do segundo rei de Portugal, D. Sancho I, o Povoador.

Vigilante sobre a fronteira com Espanha, a sua força transparece ainda hoje na sua robusta arquitetura, em tons de branco e de granito. 

Do castelo da Guarda já só resta a torre de managem, na parte mais alta da cidade, mas a sua impressionante Sé Catedral dá ainda testemunho da importância que teve na história de Portugal. Uma história cristã e judaica, já que a Guarda acolheu uma das maiores comunidades judias do país.

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Convidamo-lo a afastar-se das multidões e a conhecer o melhor de Portugal.

FORTE, FIEL. FARTA. FRIA, FORMOSA.

A Guarda é uma cidade com mais e 800 anos de história, tendo ceebrado este emblemático aniversário em 1999. Situada no interior centro do país, é a cidade mais alta de Portugal continental, a mais de mil metros de altitude.

O distrito da Guarda faz fronteira com Espanha, e na base da sua capital correm as bacias hidrográficas dos rios Mondego, Zêzere e Côa.

Sendo conhecida como a cidade dos 5 Fs, a Guarda assume-se como forte, fiel, farta, fria, e, claro, formosa.

A dureza do granito que a caracteriza simboliza a força que sempre teve, a defender a fronteira portuguesa. A sua fidelidade remonta à época em que as investidas espanholas assediavam a cidade. No entanto, fiel à nacionalidade, durante a crise da sucessão entre 1383-85, o alcaide-Mor da Guarda recusou entregar as chaves da cidade ao inimigo castelhano. Curiosamente, este alcaide, de seu nome Álvaro Gil Cabral, foi o trisavô de Pedro Álvares Cabral, que viria a descobrir o Brasil em 1500.

A par disso, as terras férteis do vale do Mondego fazem da Guarda uma cidade farta, mesmo quando o clima frio da montanha a cobre de neve no inverno.

Sem dúvida, em qualquer altura do ano, a Guarda é uma cidade formosa. Situada numa das encostas da Serra da Estrela, é sede de um dos maiores concelhos portugueses, albergando algumas das vilas com mais história da região centro. É o caso do Sabugal, de Vila Nova de Foz Côa. de Penamacor, de Trancoso ou de Almeida.

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O «ESCUDO DA ESTRELA»

Situando-se a Guarda entre a Serra da Estrela e a fronteira com Espanha, a sua visibilidade estratégica valeu-lhe a designação de «escudo da Estrela».

Fundada por foral de D. Sancho I, o segundo rei de Portugal, com o acordo do Papa Inocêncio III, em 1199, acolheu a sede do bispado, que estava na Egitânia. Hoje em dia, mais conhecida como Idanha-a-Velha.

Por iser sede de bispado, a Guarda teve o privilégio de receber uma Sé Catedral. Contudo, a estrutura original daria lugar a uma nova, no século XII, com D. Sancho II. 

Ainda assim, também esta foi destruída, em 1374, a mando do rei D. Fernando, por se situar «fora de portas» e correr o risco de ser usada pelo inimigo castelhano.

A terceira versão da Sé da Guarda começou a ser construída no reinado de D. João I, em 1390, por iniciativa do bispo frei Vasco de Lamego, e foi a génese do edifício que vemos hoje. Com efeito, a sé Catedral da Guarda que hoje nos surpreende, imponente e colossal, ao virar de uma esquina do centro histórico, levou 150 anos a ser construída. A obra terminou já no reinado de D. João III, em pleno século XVI.

De aspeto grandioso e fortificado, tornou-se um edificio emblemático em Portugal, pela sua monumentalidade gótica com acabamentos manuelinos. Mário Tavares Chicó (1905-1966), historiador de arte e especialista reputado em património monumental, considerou a Sé da Guarda o monumento mais parecido com a igreja do Mosteiro da Batalha.

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Sendo uma capital de distrito, a Guarda é uma cidade moderna e com grande qualidade de vida. A par disso, mantém um centro histórico que conta a sua longa história.

No coração da zona mais antiga da Guarda, estende-se uma ampla praça de granito e arcadas. Contudo, infelizmente não tem a vida que merecia. Sendo uma ampla e nobre Praça Velha, onde brilha a Sé Catedral, é uma pena que boa parte dos edifícios esteja desabitada ou a precisar de requalificação.

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Alguns deles são antigos solares, como o dos Póvoas, de imponentes arcadas-Noutros tempos, albergou os Paços do Concelho, e hoje é ocupado pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior.

Ainda assim, à exceção da praça Luís de Camões, onde se situa a imponente Sé Catedral, o resto do centro histórico está muito bem preservado, e fervilhante de comércio. E, claro, quanto à Sé Catedral, é uma absoluta maravilha.

A SÉ  CATEDRAL E A SUA GÁRGULA MALCRIADA

Antes de entrar, não deixe de cumprimentar a estátua do rei D. Sancho I que, com já explicámos, apoiou a construção da sé original, no século XII. Se tiver curiosidade, contorne ainda o iponente edifício, e procure a sua gárgula mais famosa: tem o traseiro virado para Espanha. Sem margem para dúvidas, um claro sinal da já referida fidelidade da Guarda a Portugal…

A entrada na Sé da Guarda é paga, mas muito barata e vale cada tostão. Em 2019, o preço do bilhete era de apenas 2 euros, e permitia conhecer o edifício, de três nave s e capelas de famílias ilustres como os Ferro, com gradeamento, ou a dos Pina, com a estátua jacente do tesoureito-mor João de Pina.

Com o mesmo bilhete, suba também aos terraços, para se deslumbrar com as vistas. Garantimos que é uma experiência que lhe vai ficar na memória.

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A HERANÇA HISTÓRICA, CRISTÃ E JUDAICA DA GUARDA

Se se afastar um pouco do centro, sempre a subir, vai encontrar no ponto mais alto da cidade a Torre de Menagem. Um dos poucos testemunhos que restam do castelo da Guarda, que tão bem vigiou esta região.

No prolongamento da muralha defensiva original, encontramos ainda excertos desta estrutura defensiva, com duas aberturas: a Porta d’El Rei, na rua de S. Vicente, e a Porta da Erva, na rua Rui de Pina. Ambas as portas dão acesso à antiga judiaria da Guarda, uma das mais antigas do país, que remonta ao século XIII.

Não muito longe, na Rua General Alves Roçadas, encontra o antigo Paço Episcopal, construído na primeira metade do século XVII, por iniciativa do bispo D. Nuno de Noronha. Era a residência de inverno dos bispos da Guarda, e também seminário. Ao longo dos séculos, o complexo sofreu transformações e requalificações, e desde 1985 que uma parte desta estrutura alberga o Museu da Guarda.

Outra obra que vale a pena apreciar é o Convento de São Francisco, no Largo General Humberto Delgado. Com origem medieval, sabe-se que já existia em 1246. No século XVII, os registos indicam que albergava 28 frades. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento foi transformado em quartel, sendo atualmente o Arquivo Distrital da Guarda.

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CHAFARIZES, IGREJAS E A JANELA DE ONDE VOOU UM BISPO

Ao percorrer a pé as ruas da Guarda, encontra ainda os bonitos chafarizes que outrora abasteciam a cidade: o chafariz da Dorna, de decoração mista, e o chafariz da Alameda de Santo André, decorado com dragões e pináculos, que pertenceu à família Refoios Saraiva.

Descubra ainda a bonita Igreja de S. Vicente, na rua Francisco Passos, construída no século XVIII em estilo barroco. No largo General João de Almeida, encontra outro emblemático local de culto da Guarda, a Igreja da Misericórdia, cuja nave está ladeada por duas torres sineiras. Sobre a entrada principal, encontram-se as armas do rei D. João V.

Se percorrer a rua Francisco dos Passos, perto da igreja de São Vicente, olhe para cima e procure a janela manuelina que se destaca na fachada de um edificio de granito de três pisos. É o antigo Paço Episcopal, da época medieval, e consta que o bispo D. Álvaro de Chaves foi atirado à rua, por um criado, através de uma destas janelas.

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UM DISTRITO DE CASTELOS, ALDEIAS CASTIÇAS E ALTA MONTANHA

Depois de visitar a cidade da Guarda, faça-se à estrada e percorra o resto do distrito. Sendo esta uma região que demarcou a fronteira com o país vizinho, no distrito da Guarda encontra mais de uma dezena de castelos defensivos, a maior parte ainda bem preservados. É caso de Pinhel, Trancoso, Marialva, Castelo Mendo, Celorico da Beira. Castelo Bom, Castelo Melhor, Castlo Rodrigo, Folgosinho, Linhares da Beira, Longroiva, Numão, Ranhados, Sabugal, Sortelha e Vilar Maior.

Se a sua preferência é pelo património militar, coloque na sua lista de visitas Almeida, com a sua fortaleza em forma de estrela. Aqui, todos os anos, em agosto, realiza-se a recriação histórica da batalha que, em 1811, permitiu às tropas de Wellington expulsarem desta praça militar os franceses invasores.

Marque ainda na sua lista de visitas Vila Nova de Foz Coa, famosa pelas gravuras rupestres e o centro de interpretação da pré história, e também as praias fluviais do distrito da Guarda.

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Um convento católico em terra de judeus

O antigo convento de Nossa Senhora da Esperança data do século XIII e dali partiu a imagem de Nossa Senhora que acompanhou Pedro Álvares Cabral na descoberta do Brasil. Hoje é uma luxuosa unidade que acolhe os visitantes entre as suas paredes seculares..

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