Almeida

A ALDEIA HISTÓRICA QUE DEFENDEU A FRONTEIRA

A praça forte de Almeida nasceu a mando de D. João IV, para proteger a fronteira dos ataques espanhóis. Afinal, o Duque de Bragança acabara de retomar a coroa e a nacionalidade, em 1640, após 6 décadas de domínio filipino. Ao longo da história, este forte militar em forma de estrela travou algumas batalhas decisivas. Hoje em dia, Almeida é uma bonita aldeia histórica, que todos os anos recria acontecimentos do seu passado.    

UMA FORTALEZA EM FORMA DE ESTRELA

Antes de mais, há que esclarecer que Almeida não se resume ao centro histórico, ou ao interior do forte. Com efeito, a vila estende-se em torno da fortaleza militar, e oferece um vasto conjunto de serviços essenciais à vida moderna.

Porém, naturalmente que a grande atração é a robusta fortaleza, em forma de estrela, e o seu interior. Inclusivamente, porque no seu interior encontramos a parte mais antiga da cidade. Designadamente, com habitações e edifícios da autarquia, incluindo a própria Câmara Municipal.

Justamente, quem mandou construir o forte militar de Almeida foi o rei D. João IV, em 1641. Precisamente, um ano após resgatar a independência de Portugal ao domínio espanhol. Em consequência, as regiões fronteiriças – como esta – estavam vulneráveis às investidas castelhanas, e sucediam-se as lutas pelo território.

Assim sendo, o forte de Almeida, armado com 300 canhões, nasceu no planalto beirão, para proteger esta entrada em Portugal. Antes disso, existia aqui um castelo, erguido no tempo de D. Dinis, ou seja, no século XII. Infelizmente, hoje pouco resta da antiga muralha, destruída pelo tempo e pela explosão do paiol em 1810.

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A NÃO PERDER EM ALMEIDA

A par das estruturas militares, no interior do forte de Almeida encontramos boa parte da vila da vila. Designadamente, habitações, edifícios públicos e restaurantes.

Por outro lado, encontramos ainda pontos de passagem obrigatórios, como o Posto de Turismo, o Museu Histórico Militar, no Baluarte de S. João de Deus, ou ainda o Picadeiro d’El Rei, que outrora foi Trem de Artilharia e Arsenal. Na Praça Alta, a zona mais elevada do forte, procure o memorial a John Beresford, um oficial inglês que comandou tropas portuguesas, e que morreu em 1812, no cerco a Ciudad Rodrigo.

A par disso, numa casa antiga da Rua da Muralha, repare na Casa da Roda dos Expostos, e na pequena janela onde se entregavam as crianças anjeitadas. Por cima da porta, vemos a indicação do ano, 1843 e, se entrarmos para visitar, no interior um ambiente alusivo à sua função original. Já agora saiba que abre ao público de segunda a sexta-feira, entre as 9.00 e as 17.30, e ainda aos sábados, domingos e feriados entre as 10.00 e as 17.30.

Ainda na zona antiga, em particular na Rua Direita e na Rua do Poço, Almeida mantém marcas dos seus habitantes judeus. Justamente, em algumas paredes e portadas, vê-se a cruz, sinal de residência de cristãos-novos, e a ranhura na ombreira onde se colocava a Mezuzah. Em suma, um costume judaico de proteção.

Efetivamente, o passado judaico de Almeida está muito bem documentado na Torre do Tombo. Mais do que isso, este foi um dos principais pontos de passagem de refugiados judeus, tanto no século XV como na II Guerra Mundial.

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O REGRESSO ANUAL A 1810

Todos os anos, em agosto, Almeida organiza a Recriação Histórica do Cerco de Almeida, que ocorreu em 1810. Neste evento, participam dezenas de figurantes, inclusive vindos de outros países. A par disso, a vila enche-se de visitantes, concertos de música, tascas de petiscos e artesanato.

Com efeito, durante as guerras napoleónicas que assolaram a Europa, a terceira ofensiva contra Portugal entrou por aqui. Na altura, a praça-forte de Almeida estava bem armada, com o comando das tropas entregue ao coronel inglês William Cox.

Contudo, o imprevisível aconteceu ao cabo de alguns dias de cerco: um raio atingiu o paiol de munições e provocou uma violenta explosão. Deste modo, a muralha do antigo castelo ruiu e, sem munições, as tropas portuguesas tiveram de se render.

Assim sendo, as tropas francesas marcharam rumo à capital, mas acabaram por ser travadas nas Linhas de Torres Vedras.

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PERCA-SE NOS ARREDORES DE ALMEIDA 

Sem dúvida, uma visita a Almeida merece ser estendida aos seus arredores. Afinal, estamos numa bonita zona da Beira Alta, com paisagens, vilas e aldeias encantadoras. Desde logo, uma visita a esta região representa uma excelente oportunidade para marcar mais um check! na lista de estâncias termais do país.

Com efeito, as Termas da Fonte Santa estão entre as mais bonitas do país, em plena serra. Assim, faça como nós e marque um tratamento de bem estar. No final, desfrute da piscina de água termal, com uma ampla vista para a serra verdejante.

Se preferir o sossego de uma casa de aldeia, num local estratégico para percorrer a região, sugerimos a Casa Nazaré, em Vilar Torpim. Justamente, é ideal para uma ou duas pessoas, e fica a meio caminho entre Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo. A partir daqui, ou de outra localização que prefira, pode conhecer localidades encantadoras como Vila Nova de Foz Côa, Castelo Rodrigo, Pinhel ou Trancoso.

Independentemente do itinerário, desfrute da gastronomia local, procure as adegas locais e os lagares, para conhecer os vinhos e azeites. Mais do que isso, perca.se em caminhos desconhecidos, e encontre pérolas como a Torre de Almofala, o Cristo Rei da Marofa ou ainda o Mosteiro de Santa Maria de Aguiar e a albufeira com o mesmo nome.

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